Há quem defenda que leite e laticínios são itens dispensáveis para alguns tipos de dieta. No entanto, um relatório recente, divulgado pela Sociedade Britânica de Osteoporose considera sobre os perigos de eliminar por completo leite e seus derivados da alimentação.
A preocupação da entidade tem uma razão: o hábito está se tornando cada vez mais comum, principalmente entre os jovens. De acordo com uma pesquisa realizada com 2 mil pessoas, a organização verificou que um quinto dos jovens com menos de 25 anos aderiram à dieta sem lactose.
Outro estudo realizado pela Agência de Normas Alimentares, órgão governamental britânico, decidiu investigar o motivo pelo qual jovens – entre 16 e 24 anos – estão deixando de tomar leite e comer queijo. Eles alegaram intolerância à lactose como o fator decisivo para eliminar os alimentos do seu dia a dia. No entanto, a organização constatou que apenas 24% deles tinham um laudo médico que comprovasse tal condição.
Representantes de ambas instituições consideram que o grande problema não está em consumir ou não lactose, se não fosse pelo cálcio presente no leite e laticínios, importante nutriente para a saúde óssea.
A professora Susan Lanham-New, membro da Sociedade Britânica de Osteoporose explica que a ingestão de alimentos com cálcio “no começo da vida adulta é importante para os ossos. Quando chegamos perto dos 30 anos, é tarde para reverter os danos causados pela alimentação deficiente em nutrientes”.
No Brasil, a osteoporose atinge cerca de 10 milhões de pessoas e segundo Sociedade Brasileira de Reumatologia a estimativa é que até 2020, apareçam mais 140 mil novos casos. A doença é caracterizada pela perda de massa óssea e tem maior incidência em pessoas acima dos 45 anos.
Fonte: Saúde (Abril)
Nenhum comentário