De acordo com uma pesquisa realizada no primeiro semestre deste ano pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, o número de smartphones no Brasil ultrapassaria a marca de 230 milhões de aparelhos em uso – em linhas gerais, ao menos um celular por habitante.
O aparelho faz parte do cotidiano da população, facilitando o corre-corre de quem mora nas pequenas e grandes cidades, aproximando pessoas e auxiliando nos afazeres diários. Há tempos o celular deixou de ser um objeto com uma única função: tornou-se uma ferramenta poderosa que apresenta soluções rápidas para ajudar uma sociedade que ama tecnologia e necessita controlar o tempo e a vida agitada.
Considerando que parte das pessoas utiliza o celular mais da metade do dia, é necessário lembrar da importância de higienizar o aparelho, que pode conter inúmeras bactérias. A biomédica e doutora em ciências de alimentos Rosana Siqueira, orientou uma análise de aparelhos celulares em contato com superfícies e locais diversos.
Só em um único aparelho, foram encontradas 23 mil bactérias. “Avaliamos o aparelho e a capinha. Aquelas que cobrem o smartphone, nas quais é possível colocar dinheiro e cartão de crédito, foram as que tinham o maior nível de contaminação. As bactérias apareciam tanto no aparelho quanto na capa”, conta.
A análise identificou a bactéria staphylococcus aureus – responsável pela pneumonia – em 43% dos objetos verificados. Dentre outros micro-organismos encontrados, alguns associados à conjuntivite, intoxicação alimentar e infecção urinária; um segundo material teve a presença de coliformes fecais e bolores.
Rosana atribui a “falta de higienização das mãos dos usuários e o costume de emprestar para outras pessoas” como as principais razões para o aumento e proliferação de germes.
A cientista atenta para o perigo das crianças em contato com aparelhos não higienizados. “Os pais estão dando celulares para crianças menores de 1 ano. Elas não têm percepção de higiene e costumam levar tudo a boca, até mesmo o aparelho. Com o sistema imunológico mais fraco, elas correm mais risco de ficarem doentes”.
Algumas dicas para evitar a contaminação por bactérias são:
- Limpe seu celular de uma à três vezes por semana, com uma gaze ou pedaço de algodão umedecido com uma pequena quantidade de álcool.
- Evite emprestar seu aparelho para outras pessoas.
- Atente para os lugares onde deixa seu celular. Se possível, não deixe em contato com o chão ou superfícies sujas.
- Lave as mãos sempre que for ao banheiro ou após o contato com objetos disponíveis em ambientes aglomerados – maçanetas, corrimão, apoiadores de ônibus, metrô e trens, etc.
- Evite mexer no aparelho quando for ao banheiro, principalmente em locais públicos.
- Evite limpar o aparelho na calça ou blusa que estiver usando. Roupas também contêm bactérias.
Fonte: Extra
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