Dados do IBGE indicam que 62,1 % dos brasileiros não pratica nenhuma atividade física. A maior preocupação está na população jovem, entre 15 e 17 anos – estima-se 57,3% – que atribui o desinteresse como o principal motivo pela ausência de esportes na rotina diária.
Obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e hipertensão são algumas das doenças relacionadas ao sedentarismo, que recentemente foi indicado como uma das causas do aumento do câncer de mama em mulheres abaixo dos 30 anos.
Segundo a Vigitel – sistema de vigilância para doenças crônicas ligado ao Ministério da Saúde – a obesidade infantil aumentou em 60% nos últimos 10 anos. Os dados ainda revelaram que em 2030 o número de crianças e adolescentes obesos será quatro vezes maior. O uso excessivo da tecnologia (computadores, celulares e jogos eletrônicos) aliado à hábitos alimentares pouco saudáveis – que costumam ser estimulados pelo convívio com os pais – foram alguns dos fatores relacionados ao alto índice apresentado pelo levantamento.
O fisioterapeuta Saulo Tomazo considera que praticar esportes não só ajuda a perder peso mas prevenir doenças na fase adulta: “A prática esportiva na adolescência é importante para o combate à obesidade e redução da gordura corporal. Também oferece subsídios para uma melhor constituição cardiovascular na idade adulta, além de reduzir os riscos do desgaste ósseo, causador da osteoporose”.
Criar uma rotina de exercícios na juventude e ingerir alimentos saudáveis, que contribuam para o desenvolvimento físico e metabólico requerido nesse estágio de crescimento, promove um aumento na qualidade de vida: ajuda na concentração, melhora a autoestima, regula o sono e acelera o metabolismo, influenciando na digestão.
O incentivo dos pais e a contribuição dos familiares são essenciais para contrariar as estatísticas e construir gerações mais saudáveis.
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