O café da manhã é uma das refeições mais importantes não só por ser a primeira do dia – ajudando a criar uma rotina alimentar equilibrada – mas também por diminuir os riscos de diabetes e doenças vasculares.
De acordo com uma pesquisa sobre hábitos alimentares, publicada no Journal of the American College of Cardiology, pessoas que costumam pular a refeição matinal tendem a se alimentar de maneira errada, aumentando os riscos de obesidade e problemas no coração – dentre eles, a arteriosclerose, que pode desencadear situações mais graves, como hemorragias internas e acidentes vasculares cerebrais.
Para o estudo, mais de 4 mil pessoas – homens e mulheres acima dos 40 anos, sem histórico familiar de problemas no coração – foram submetidas à avaliações médicas e a um detalhado questionário acerca dos hábitos diários, inclusive o que haviam consumido nos 15 dias que antecederam ao início dos testes.
Com base nesses dados, a equipe constatou que 25% dos voluntários faziam o desjejum de maneira bastante prazerosa (20% das 2 mil calorias diárias eram destinadas à refeição) e 70% não davam tanta importância em iniciar o dia junto à mesa, ingerindo entre 5 e 20% da cota diária na refeição diurna.
A pesquisa ainda ajudou a identificar o grupo com o qual os cientistas mais se preocuparam: 3% dos entrevistados dedicavam no máximo 5 minutos para se alimentar pela manhã, consumindo uma xícara de café ou um copo de suco de frutas, isso quando não saiam de casa em jejum.
Nesse grupo foi observado maior circunferência no quadril, IMC (Índice de Massa Corpórea) e pressão arterial mais altos, aumento na quantidade de lipídios, glicose mais alta (em jejum) e considerável aumento de gordura nas artérias.
O cardiologista Valentin Fuster, co-autor do estudo, acredita que o problema em si não está em pular o café da manhã mas sim no que se come depois, principalmente se a má alimentação estiver relacionada a outros hábitos menos saudáveis, como sedentarismo, tabagismo e o consumo excessivo de álcool.
“Pessoas que pulam o café da manhã não só comem tarde e de forma estranha, mas também tem um estilo de vida pobre”, diz.
Fonte: Revista Saúde
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