A incidência de pessoas com tuberculose voltou a aumentar nos últimos anos. De acordo com o Ministério da Saúde, só no Brasil são diagnosticados cerca de 70 mil novos casos por ano. A doença, transmitida pela bactéria Bacilo de Koch, costuma afetar os pulmões mas também pode comprometer ossos, intestino e bexiga.
Pela inexistência de uma vacina, o número de casos pode se tornar ainda mais alto nos próximos anos. Contudo, uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade de Harvard (EUA) pode ter encontrado uma solução para reduzir o número de casos: a ingestão de Vitamina A.
O estudo, feito com mais de 6 mil voluntários, analisou dados de pessoas que conviviam com portadores de tuberculose, na cidade de Lima, capital do Peru. Os estudiosos identificaram que pessoas que conviviam com portadores da doença – e tinham menores níveis de Vitamina A no organismo – tinham dez vezes mais chances de contrair tuberculose, motivo de preocupação para a equipe.
Durante os testes, os pesquisadores tiveram indícios sobre o ‘efeito protetor’ da Vitamina A nos participantes. No entanto, eles consideram cedo demais para afirmar uma “associação causa e efeito”, comprovando que maiores níveis de Vitamina A realmente diminuam os riscos para tuberculose.
A Dra. Megan Murray, principal autora do estudo, entende a necessidade sobre mais estudos acerca do tema e afirma: “Se o elo for confirmado em um teste clínico, teríamos uma evidência importante para usar essa abordagem como método preventivo da tuberculose em indivíduos de alto risco”.
A vitamina A pode ser encontrada em diversos tipos de alimentos, como bife de fígado, leite, cenoura e tomate, produtos facilmente encontrados nos supermercados e feiras à custo acessível. Frente a isso, Dra. Murray revela que “é empolgante pensar que algo tão simples e barato como a suplementação de um nutriente seria uma arma poderosa de prevenção”.
Fonte: Super (Abril)
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