Os problemas relacionados ao tabagismo afetam não só a vida dos fumantes, mas também a daqueles que convivem com eles diariamente. Um levantamento de 2013, feito pela Organização Mundial da Saúde apontava o tabagismo passivo como a terceira causa de morte no mundo. Patologias atribuídas ao consumo ativo de cigarro e ao excesso de álcool foram as outras duas causas apontadas, para óbitos que poderiam ser evitados.
Segundo o Ministério da Saúde, houve uma queda no número de fumantes passivos nos últimos oito anos. No entanto 7,3% dos brasileiros ainda encontram-se nessa condição, convivendo com a fumaça alheia em suas casas e demais ambientes particulares.
O que talvez pouca gente saiba é que as mesmas substâncias que se espalham pelo ar com facilidade, aderem aos objetos e podem permanecer ali por dias. Por isso, cortinas, móveis, roupas e utensílios domésticos devem ser higienizados com frequência.
Recentemente, uma pesquisa feita pela Universidade da Califórnia observou o comportamento de ratos em contato com carpetes, cortinas e estofamentos com resíduos de cigarro. Durante seis meses, os cientistas investigaram o cérebro e o fígado dos roedores, monitorando também seus níveis de sangue.
Os pequenos animais foram submetidos a exames e em três meses já era possível detectar alterações no organismo: 50% de moléculas da corrente sanguínea apresentavam mau funcionamento e um considerável aumento das taxas de cortisol e insulina, acompanhados por danos nas células do cérebro e fígado.
A professora Manuela Martins-Green, coordenadora do estudo alerta sobre a importância de manter uma limpeza regular em locais e objetos contaminados pelas toxinas do fumo: “Ainda que nossa pesquisa não tenha sido feita com humanos, as pessoas também devem ter em mente que quartos de hotel, carros e casas que são ocupados por fumantes, muito provavelmente, podem estar contaminados com tais resíduos”.
Fonte: Super Interessante
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