Pesquisa revela que eliminar o consumo de carne não é garantia de saúde

21 de setembro 2017

Eliminar por completo carne e seus derivados das refeições não é sinônimo de saúde. Isso porque a gordura saturada e o açúcar encontrados em alimentos processados e industrializados podem ser tão prejudiciais quanto a proteína para o coração.

Pesquisa revela que eliminar o consumo de carne não é garantia de saúde

Não incluir carnes e outros alimentos derivados de animais em sua dieta pode até ser uma boa escolha, principalmente se for motivada por uma atitude mais consciente em relação à vida animal. No entanto, engana-se quem acredita que ser adepto da filosofia vegana é sinônimo de hábitos saudáveis.

Um estudo realizado pela Universidade de Harvard, publicado no Journal of American College of Cardiology, atenta para as substituições feitas pelos veganos, que necessitam de alimentos que possam ser equivalentes à quantidade de proteínas necessárias para manter o organismo em bom funcionamento e a necessidade de evitar alimentos industrializados.

“É possível ser vegano e consumir alimentos de origem vegetal com baixa qualidade”, afirma Ambika Satija, uma das responsáveis pelo estudo. Ela e outros cientistas analisaram dados colhidos entre os anos 1984 e 2012, utilizando um banco de dados de saúde pública: um grupo composto por homens e mulheres norte-americanos com idades entre 25 e 75 anos, sem histórico de problemas no coração ou diabetes.

Esse grupo principal foi acompanhado por um intervalo de dois a quatro anos e depois dividido em três outros grupos, de acordo com seus hábitos alimentares e a frequência de quando e quanto ingeriam.

O primeiro, consumia legumes e frutas em grandes quantidades e adicionava até 6 porções de carnes, leites e derivados na dieta semanal. O segundo, comia menos carne, gordura e açúcares, e ainda incluía vegetais e grãos; e o terceiro, não consumia carne no entanto, comia alimentos processados, açucarados ou extremamente gordurosos.

O resultado: em 20 anos de pesquisa, 8.631 pessoas tiveram a saúde comprometida por problemas cardíacos. Os participantes do terceiro grupo foram os maiores prejudicados: 32% desenvolveram alguma doença do coração.
Em compensação, do segundo grupo, 25% se mantiveram mais saudáveis ao longo dos anos, pelo menos em se tratando de problemas cardiovasculares.

Sobre a constatação, Ambika avalia que “o trabalho mostra que você não precisa eliminar completamente da dieta os derivados de animais para ter um coração mais saudável”.

Fonte: Super Interessante


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